-x-
só em teu corpo
a minha boca se cala
: mergulho
-x-
teus lábios
: ancoradouro
onde atracam-se
os meus
depois : buscar outros portos?
- x -
duas nuvens uma chuva
chora a manhã
com seus olhos de névoa
as saudades da noite
a Lua
pálida e medrosa
esconde-se no horizonte
o Sol
orgulhoso e reticente
despontando sobre o cume das montanhas
dita as regras do dia
agradecidas as flores
em sorrisos coloridos
o riacho risca em giz azul
a lousa verde da campina
-x- Incógnita
cinismo, catarse, tristeza ou alegria ?
vontadedemeestontearloucamente ?
em teus olhos dúbios
eis o x da questão
-x-
quem sou eu?
quem eu desejaria ser?
o que fazer para deixar de ser o que sou e ser o que desejaria?
eu preciso ser outro todo dia
outro dia é tudo que eu preciso
eu preciso ser ninguém
eu preciso ser alguém
eu preciso ser
eu preciso de alguém
eu não preciso de ninguém
Oi Benno, boa noite!
ResponderExcluirNa verdade esse final é bem curioso. Quem nunca já se fez essas mesmas perguntas.
Gostei muito do poema.
Ótimo fim de semana!
Abração e sorriso!
muito belo...é só o que me ocorre.
ResponderExcluir:)