Viagem ao redor do nada.
Vontades, é tudo que há, apenas vontades. Vontade de te ver, vontade de nunca mais te ver, te amo e odeio a um só tempo, beijo a boca e ofendo a fenda, funde-se de opostos e de sombras o teu rosto, na maquiagem que o tempo traçou em rugas tuas histórias. Sobras de madeixas espalhadas pela casa, rastros do teu desespero, dizem-me mais as folhas orvalhadas espalhadas na varanda. O amanhecer me deixa sonolento, mas o anoitecer desperta o vampiro que me habita. Esta ânsia plangente de devorar o sangue de tuas regras e vomitar todas almas que em vão sorvi. No futuro e no presente eu estou e não estou. Entre o sonho e o acordado, olhos abertos e fechado, zumbi sonâmbulo a vagar na noite. Eu nunca mais deixei que as coisas acontecessem, elas têm ido por si só. A arte de deixar-se ir arrastado pela correnteza da vida, a levar em direção a foz da morte. É lá no mar que hei de morrer, como os navegantes que cruzaram só a metade do oceano. É tudo que resta, a vontade de deixar-se ir.
Vontades, é tudo que há, apenas vontades. Vontade de te ver, vontade de nunca mais te ver, te amo e odeio a um só tempo, beijo a boca e ofendo a fenda, funde-se de opostos e de sombras o teu rosto, na maquiagem que o tempo traçou em rugas tuas histórias. Sobras de madeixas espalhadas pela casa, rastros do teu desespero, dizem-me mais as folhas orvalhadas espalhadas na varanda. O amanhecer me deixa sonolento, mas o anoitecer desperta o vampiro que me habita. Esta ânsia plangente de devorar o sangue de tuas regras e vomitar todas almas que em vão sorvi. No futuro e no presente eu estou e não estou. Entre o sonho e o acordado, olhos abertos e fechado, zumbi sonâmbulo a vagar na noite. Eu nunca mais deixei que as coisas acontecessem, elas têm ido por si só. A arte de deixar-se ir arrastado pela correnteza da vida, a levar em direção a foz da morte. É lá no mar que hei de morrer, como os navegantes que cruzaram só a metade do oceano. É tudo que resta, a vontade de deixar-se ir.
Perdas
Só se sabe o valor de alguma coisa quando é perdida. Todos já lamentaram alguma perda. Algumas inclusive serão para sempre lamentadas. De nada adianta lamentar, entretanto. Há perdas inevitáveis que são duras de aceitar, dentre estas as mais duras são as de pessoas que amamos, sempre irreparáveis perdas, quase sempre inevitáveis. Objetos são sempre descartáveis à excessão das obras de arte . Mas as perdas mais lamentáveis são aquelas que poderiamos ter evitado. Um amor que não cultivamos, uma amizade que se perdeu por falta de cuidado. Aí temos que centrar nossa atenção. Temos que saber porque as perdemos, para não perdemos de novo.
Viagem
Viajar é um grande aprendizado. Aprendemos a respeitar as diferenças. A viagem não deve ser uma fuga da nossa própria vida, pois nos levamos juntos nas viagens e lá dentro de nós ela permanece com todos os seus problemas. Mas trocamos um pouco de alma durante as viagens e ficamos renovados para enfrentar as nossas vidas. Surgem novas idéias, pois viajar é também viver, e viver até mais intensamente.Poema
dorme aqui em mim o triste sentimento
da flama opaca que se insufla num momento
nos olhos o aço a frio da fé feroz verbera
um frêmito olfato que se traduz da fera
da presa inerme e exangue jamais se compadece
pois do que o coração tão só em si carece
excede a mão atroz do ato que arrefece
esconde a intenção em vão pois transparece
dorme aqui em mim o triste sentimento
da flama opaca que se insufla num momento
nos olhos o aço a frio da fé feroz verbera
um frêmito olfato que se traduz da fera
da presa inerme e exangue jamais se compadece
pois do que o coração tão só em si carece
excede a mão atroz do ato que arrefece
esconde a intenção em vão pois transparece
Benno
Querido, textos fortes, que são como bofetadas em nossos rostos...
ResponderExcluirPelo menos foi assim que assimilei o que escreveu...
Acho que preciso digerir tudo isso, para melhor argumentar...
Que bom que estás de volta!!!
Saudades loucas por aqui...rs
Beijos e carinhos meus!