sábado, 28 de agosto de 2010

No meio do caminho


havia uma pedra no caminho
mas há tantas pedras
que uma a mais não fará diferença

e sem pedras o caminho é sempre o mesmo, liso e igual,
tão sem graça
que a pedra por magia nele se faça

ora, uma pedra não é assim tão mau

mas se for uma pedra grande
tão grande
que bloqueie o meu caminho
só mesmo dinamite

Sabedoria

No justo caminho
a verdade paira (o vinho)
só um gole
na estreita garganta
a sabedoria santa
me engole
e me deixa
entre o ter e o ser

entre a arrogância e a modéstia
da luz uma réstia
entre a coragem e a covardia
sobra mais um dia

que se vive sem saber


Solidão

é tão imenso
( e triste)
o mar
entre duas ilhas

Pérola

lágrima:

pérola solitária
nascida no bojo escuro
do ostracismo


...
Não a rua
mas sim a calçada
que me importa a cidade
se posso me perder
na multidão
e ainda ser alguém

4 comentários:

  1. Querido amigo,

    Passando para deixar um oi. Ostracismo?! Hum... Estou tentando emergir.

    Beijos

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  2. ah Poeta queria comentar cada um dos seus versos.. mas falta-me o talento necessário... teria que ser tão poeta quanto você...

    você está cada vez mais inspirado... adoro seus mini-poemas...

    lindos!

    tantão de beijos

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  3. Ando queredno, ou seria precisando...rs de uma dinamite.


    Ainda aqui a imaginar a solidão do mar entre entre dias ilhas...


    Repetiva, eu sei, mas adoro seus versos assim, tão cheiros de vida.

    Beijos mjeus

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  4. Oi Benno,
    Muito bons seus versos; ótima fonte de inspiração a sua "casa".

    Abraço

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