sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Multiplicação
completam-se
nossos corpos
fundem-se
nossas almas
em orgasmos múltiplos
multiplicam-se os nós
que nos amarram

Desejo
em volta do teu umbigo
meu desejo passeia
ânsia de te possuir lento
abrigado ou ao relento
na tua ou na minha cama
sobre a grama ou a areia
tuas curvas acentuadas
e tua pele dourada
mexem tanto comigo
fazem vibrar minhas veias
que derretem-se ígneas
tenho-te sempre aqui dentro
em minha circulação sanguínea

Língua venenosa
tua língua entre lábios vermelhos
me provoca
entres os pelos do meu peito se enrosca
AR
o vento
este leve ar que lentamente sopras
insufla meus pulmões
de desejos

MILAGRE
a doçura do olhar
me engana
doce engôdo

este em que caio


só não caio o bastante


SANGUE
Doarei meu sangue e meus olhos
por um momento em ti
pois quando lá
nada mais verei
a não ser teu cerne
e a fusão difusa de nossas veias
dispensará o pulsar do meu coração
e bastará o teu

Um comentário:

  1. essa overdose de belíssimos poemas...tornou a minha noite menos fria e mais bela.

    amei todos!

    beijos Poeta

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