terça-feira, 24 de novembro de 2009



escalar com língua voluptuosa a íngreme vereda que serpenteia em
direção ao cume agudo do teu seio
esculpir meu coração sangrado e perfurado pela seta afilada da paixão
no contorno do aveludado do teu ereto mamilo
incandescer meus olhos e ocultar minha face no vale exótico e tropical
que pulula de vida entre as tuas coxas
recolher-me das bravias intempéries na gruta santa e saciar nas tuas
umidades a sede com que me castigam as secas
enveredar meu tronco pela ravina receptiva a úmida com que me esperas
ousada e serena


Benno

4 comentários:

  1. Descreves a insana loucura da paixão de uma forma poética
    divinamente linda.... Nada tem de pornagráfico e a erotização é
    recorberta (ou encoberta) pela bela poesia de suas palavras...


    Cada vez te admiro mais, por essa maneira tão singular de escrever... De dizer tudo e ao mesmo tempo não dizer nada...
    De deixar esse gostinho de quero mais...Esse sabor de mel, ao terminar de beber tuas palavras...
    Essa ansieda por mais...mais...e mais...


    Beijos...

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  2. O Mármore e escultor...saudações poéticas. um abraço.

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  3. Por uma vez só é pouco...
    Reler e tentar decorar cada pondo...cada vírgula...cada palavra...
    cada sentimento...

    Porque é viciante...

    Bjs

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  4. Quero desses...

    Voce sumiu...


    Beijos!

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