meu poema
é só pó
não o pó que não cheiro
mas o pó de minha estrada
o que deixei de minha estada
é o pó que o vento espalha
e que me corta qual navalha
é o pó do pó
do vale do Pó
que está cheio de pó do vale
(abelhas andam
a espalhar seu pó-len
pelas suas encostas empoeiradas)
meu poema vale um vale
: "entrada no paraíso"
é um vale-sorriso
meu poema é um só
é bom estar tão só
pô! o pó
que meu poema é
é o pó que é meu poema
(ai que dó!)
é o pó de pirlimpimpim
é de onde eu vim
o que restará de mim
o pó ao qual voltarei
se quiser é Voltaire
pois se pó não é Deus
precisaria ser inventado
sou pó a teus pés se sou poeta
e se me deixas a porta aberta
é aí que a coisa aperta
se o que se aperta é um baseado
meu poema é
e nada mais
é princípio e fim de mim
é do não e do sim o meu fim
antes que me esqueça, meu poema
é a mãe!
não a tua
mas a minha
a mãe do meu sorriso
(leia-se lágrima)
foi de lá que nasci
e hei de morrer ali
neste útero antes úmido
que de tanto me parir secou
afinal
meu poema não é só meu
meu poema é meu e de quem quiser!
Olá Benno,
ResponderExcluirTudo bem com você?
O poema é bem criativo e singular. Aliás, tem a sua cara (estilo).
Concordo que seu poema é um "vale-sorriso", pois me fez sorrir enquanto lia.
Bom te rever lá no meu recanto.
Abraço.
Olá Benno!
ResponderExcluirTeus poemas sempre me deixam a pensar, são curiosos, e tem mesmo pó de pirlimpimpim, faz minha imaginação viajar sempre que te leio. Você tem um estilo próprio e inconfundível. Acho que reconheceria teus poemas em qualquer lugar que eu os lesse.
Fiquei feliz com sua presença.
Abç, e ótimo fim de semana!
Seu poema não é de pó, mas de uma substância, a k não sei dar nome, mas k se pode chamar talento, e muito.
ResponderExcluirAbraço.
O poema pode ser pó, mas a mente que o criou emitiu aquela faísca criativa que lhe deu vida, não é isso o que importa afinal?
ResponderExcluirAdorei! Bjsss