duas vezes me perdi
em teu olhos dúbios
(o verde que verte
o azul fica na espera)
nas duas vezes que de ti
tirei por mim
em parte e inteira
a inverossímel quimera
me encontrei uma vez
no vale abismal
que se aprofunda
entre teus seios
ali então perdido
ou mesmo me encontrado
desvencilhar de ti
faltou-me meios
(a calma plácida
que dos cumes íngremes
as ígneas lavas
se enleva
um outro cume
que ereto
e embranquiçado
nele neva)
o rio caudaloso
do teu ventre
torrente indômita
levou meu corpo
nossos corpos
algozes mútuos
no entre si devoram
e se imploram
nossos fogos
ardentes se ateiam
o líquido farto
que jorra de mim
desincendeiam
sabe que em silêncio choro porém nunca reclamo
é que eu...
sabe, eu vinha ....
não é bem isso, é que...
eu queria...
desisto!
a verdade última é que não sei dizer quanto te amo
Uau!
ResponderExcluirBenno, que torrente de sentimentos colocaste nesse poema!
Já te disse que te gosto assim, quando deixa a alma falar de forma arrebatadora...
Beijos e carinhos...
Voltei para reler...
ResponderExcluirÉ muito lindo!
Beijos
nossa..imagine então se soubesse dizer o quanto a ama... você fez uma linda declaração poética, de encantar a alma...
ResponderExcluiramei!
beijos Poeta
Lindo! Se existe um idioma para esse tal de amor, vc o domina fluentemente.
ResponderExcluirBeijao, querido amigo.
Benno, bom descobrir por onde você escreve... faz tanto tempo! Como anda você? Bjo!
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