domingo, 24 de julho de 2022

A experiência

(A história a seguir pode parecer bem repetitiva, mas a repetição, faz parte...)

Egberto fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ele saia de casa, ele via saindo de sua casa a Sua vizinha, Andréia, loura e de olhos azuis,  e seu vizinho balofo e estranho, Severino. Ele tinha vontade de se declarar para Andréia, mas não o fazia, pois era tímido, mas o balofo e ridículo do Severino soltava uma beijinho para Andréia e ela correspondia. Ele ficava com raiva, fechava a cara e voltava para casa e dormia de novo.

Severino fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ele saia de casa, ele via saindo de sua casa a sua vizinha, Andréia, loura e de olhos azuis,  e seu vizinho magrelo e estranho, Egberto. Ele percebia que Egberto  desejava se declarar para Andréia, mas não o fazia, pois era tímido, e, para não perder tempo, ele soltava uma beijinho para Andréia e ela correspondia, mas Egberto ficava com raiva e voltava para casa. Andréia mudava de humor e fechava a cara, voltando para casa para dormir. Severino ficava com raiva também, fechava a cara e voltava para casa e dormia de novo.

Andréia fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ela saia de casa,  via saindo de sua casa as seus vizinhos, Egberto, que era magrinho e tímido, e Severino que era gordo e ousado. Ela desejava muito que Egberto, seu preferido, se declarasse, mas era sempre Severino soltava uma beijinho, que ela, para ser educada, correspondia, mas Egberto ficava com raiva e voltava para casa. Andréia, com raiva, fechava a cara e voltava para dormir.

Enquanto isso, um cientista elaborava um programa e enviava os sinais através de um miríade de fios para três cérebros megulhados em cubas fumegantes.
Ainda estava na seção "manhã" do programa, mas, aos poucos ele ia criando "vida" dentro daqueles cérebros. 

Egberto fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ele saia de casa, ele via saindo de sua casa a Sua vizinha, Andréia, loura e de olhos azuis,  e seu vizinho balofo e estranho, Severino. Ele tinha vontade de se declarar para Andréia, mas não o fazia, pois era tímido, mas o balofo e ridículo do Severino soltava uma beijinho para Andréia e ela correspondia. Ele ficava com raiva e, batia com uma luva na face de Severino, desafiando para um duelo.

Severino fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ele saia de casa, ele via saindo de sua casa a sua vizinha, Andréia, loura e de olhos azuis,  e seu vizinho magrelo e estranho, Egberto. Ele percebia que Egberto  desejava se declarar para Andréia, mas não o fazia, pois era tímido, e, para não perder tempo, ele soltava uma beijinho para Andréia e ela correspondia, mas Egberto ficava com raiva e voltava para casa. Andréia mudava de humor e fechava a cara, voltando para casa para dormir. Severino ficava com raiva também, fechava a cara e voltava para casa e dormia de novo.

Andréia fazia sempre as mesmas coisas. Acordava à mesma hora, tomava o mesmo café da manhã  e saia para o dia de Sol, pois era sempre Sol e nunca chovia. Bem na hora que ela saia de casa,  via saindo de sua casa as seus vizinhos, Egberto, que era magrinho e tímido, e Severino que era gordo e ousado. Ela desejava muito que Egberto, seu preferido, se declarasse, mas era sempre Severino soltava uma beijinho, que ela, para ser educada, correspondia, mas Egberto ficava com raiva e voltava para casa. Andréia, com raiva, fechava a cara e voltava para dormir.

Enquanto isso, em seu laboratório o cientista, entre retortas e cubas, pipetas e tubos de ensaios fumegantes, admirava sua inusitadata, admirável e execrável experiência. Três cérebros humanos, dentre de bolhas de vidro cheias de tubos e eletrodos  que se inseriam em diversos gomos cinzentos, dormiam um sono cheio de cenas que o cientista ia criando,. Ele ainda estava no começo da programação, por isso só havia o inicio da manhã na vida repetida dos três cérebros.

O objetivo, ao final das contas, era ser Deus daquele reduzido mundo. Um Deus o pequenininho, mas ainda assim um Deus.











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