Átimo
Nunca passe um segundo
por nada neste mundo
a desnecessariamente sofrer
pelos golpes futuros
pela falta de seguro
ou com medo de morrer
pois cada segundo sofrendo
ou então se maldizendo
é um pedaço de ti a se perder
é uma gota esvaída
é a alma partida
um pouco de morte no teu viver
Versos para o verso
Lápis, caneta, teclado
os dedos tocam emocionados
olho de frente sem medos
com eles não tenho segredos
em seu meio sou puro verbo
livre sou em ti não sou servo
sou eu quem sou neste verso
está aí meu ser, meu universo
Se me alegro sou verso livre
meu peito se abre e sobrevive
se me entristeço palavras sombrias
fazem minhas estrofes tão frias
Meus versos mudam ao sabor de vento
ao sabor de mim e do meu intento
quando o amor renasce manhã colorida
surge o esplendor da flor mais sofrida
Mas se meu amor de mim se afasta
escrever amargamente me basta
nos versos verto a lágrima perene
o lápis da tristeza escreve infrene
Em seu seio busco soluções
extravasso todas minhas emoções
Verso, és incansável busca
que meu pensamento não ofusca
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Quando ando pela estrada
observo essas casinhas
pequenas e pintadas em cores berrantes
e lembro das mansões
confortáveis e luxuosas
que observei na cidade um pouco antes
verde-limão
rosa-choque
abóbora ou escarlate
é tão pouco espaço
e tanta gente
um cachorro que late
(em forma de som
é o desespero da fome quem grita
indiferente a ele
ao sabor do vento uma árvore se agita)
o resto é mortal silêncio
será que todos nessa casas dormem?
para esquecer quem sabe
ou então lembrar
de um outro tempo que não houve
(nas mansões por outro lado
tão geladas
de um silêncio que era mortal
as casinhas ao seu lado
flageladas
que tristeza é esta em volta
desta estrada tão comprida?
a lembrança amarga
de um tempo em minha vida
ou um lugar que eu nunca soube
triste mesmo é o silêncio
em que esta pobre gente aguarda
a solução final da morte
ou chegar um anjo da guarda
observo essas casinhas
pequenas e pintadas em cores berrantes
e lembro das mansões
confortáveis e luxuosas
que observei na cidade um pouco antes
verde-limão
rosa-choque
abóbora ou escarlate
é tão pouco espaço
e tanta gente
um cachorro que late
(em forma de som
é o desespero da fome quem grita
indiferente a ele
ao sabor do vento uma árvore se agita)
o resto é mortal silêncio
será que todos nessa casas dormem?
para esquecer quem sabe
ou então lembrar
de um outro tempo que não houve
(nas mansões por outro lado
tão geladas
de um silêncio que era mortal
as casinhas ao seu lado
flageladas
que tristeza é esta em volta
desta estrada tão comprida?
a lembrança amarga
de um tempo em minha vida
ou um lugar que eu nunca soube
triste mesmo é o silêncio
em que esta pobre gente aguarda
a solução final da morte
ou chegar um anjo da guarda
sábado, 2 de outubro de 2010
A flor da favela
brotou uma flor
na subida da favela
bem em meio ao desamor
mesmo sem ser a mais bela
no entanto era só ela
a única flor da favela
o terreno era árido
e a paisagem sem cor
mas só de teimosa
assim mesmo a vida
ali plantou uma flor
suas pétalas desbotadas
e sua folhas mirradas
abriam as portas cerradas
dos barracos da pobre gente
que ante visão tão inocente
de uma flor tão indecente
na secura dos olhos vazios
saltados dos rostos frios
ardia uma luz já extinta
uma pontinha de emoção
e esta pobre gente sentia
nascer uma flor no coração
na subida da favela
bem em meio ao desamor
mesmo sem ser a mais bela
no entanto era só ela
a única flor da favela
o terreno era árido
e a paisagem sem cor
mas só de teimosa
assim mesmo a vida
ali plantou uma flor
suas pétalas desbotadas
e sua folhas mirradas
abriam as portas cerradas
dos barracos da pobre gente
que ante visão tão inocente
de uma flor tão indecente
na secura dos olhos vazios
saltados dos rostos frios
ardia uma luz já extinta
uma pontinha de emoção
e esta pobre gente sentia
nascer uma flor no coração
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