que o mundo exploda ou renasça
e a vida se faça ou se desfaça
se em teus braços não me importa
depois que chegas e abro a porta
as horas passam sem custar
os ponteiros rodam loucamente
rodopiam idéias na mente
que o mundo exista ou não exista
quem há de dizer sem espanto
sob o traiçoeiro encanto
do feitiço do teu olhar?
só o Sol quando amanhece
e sob sua luz tão intensa
a estranha teia que tece
e a natureza toda a se espreguiçar
poderia dizer a um coitado
que jamais amou ou foi amado
que nunca passeou pelo teu corpo
(e isso é igual a estar morto)
que o mundo não é feito de gelo
que se derrete todo ao apelo
teu corpo aberto a clamar
-x-x-x-
No final de semana vou postar algumas fotos do lugares que visitei durante minhas férias na Califórnia.
O roteiro foi o seguinte : Natal/São Paulo/Miami/Las Vegas/Death Valley/Trona Pinacles(Ridgecrest)/ Randsburg, Fresno, Sequoia Park, Mariposa/ Yosemite/ Groveland/ San Francisco/ Carmel/ Big Sur/ Solvang/Santa Barbara, Los Angeles/ San Diego/ Miami/ Salvador/Natal
quinta-feira, 24 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Voltei
Eu sou mudo
e todos tão surdos
que adianta dizer
se ninguém ouve?
que adianta escrever
se todos são tão cegos?
(e eu fui tão cego
em não te escrever
e tu fostes cega
em não me ler
fomos ambos cegos e surdos
neste mútuo esquecer)
estão todos ocupados demais
com seus próprios pensamentos
para se preocupar
com o que os outros se preocupam
até eu, até eu, que sou ateu
(que me perdoe Deus por ser assim)
devo a todos confessar
( o que me faz o único humano errado no mundo
confessar é ser criminoso
e só os que pecam escondidos são puros
neste mundo de confessas aparências)
egoístas, é isso que somos!
não adianta chamar
trimmmmmmmmmmmmm
pois só dá tú tú tú tú tú
todos só querem ler
o que eles próprios escrevem
ou então ler alguém muito famoso
(mesmo que só seja besteira)
não porque se interessem
mas para não ficarem por fora
que esperança pode ter
um desconhecido escritor?
uma linha não tem o devido valor
um livro custa tanto a escrever
(ele é feito apenas de linhas, vírgulas e pontos
nem sempre de idéias)
e não sei se vale o esforço
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
eu não sou você
nós não somos vós
vós não sois alguém
ninguém é de ninguém
alguém não é ninguém
nós nem somos nossos avós
os netos que temos nós não somos
mas somos todos tão parecidos
bem mais parecidos do que supomos
x-x-x-x-x-x-x-x-x-
o retrato
que repousa na parede
sobre a rede
em que repouso
me faz esquecer
ao invés de lembrar
tenho a memória invertida
só lembro do futuro
o passado aprendi a esquecer
-x-
amanhã
será o mesmo dia
tudo é sempre igual
sob Sol e sob chuva
só eu mesmo
é que posso mudar
está em minhas mãos
impedir que o passado se repita
mas, não
eu só sei ficar reclamando das coisas
e dos outros
devia reclamar de mim
Abro a janela
e grito
não deveria gritar
o mundo é reconstruído com silêncio
as cores berram
o retrato em preto branco exprime
só o que deve ser expresso
-x-
Nem sempre soube o que sei
mas ainda sei tão pouco
por outro lado, todo mundo sabe tudo
(ou pensa saber)
a arrogância
é parente
da ignorância
talvez seu disfarce
o saber exige tempo e esforço
a ignorância exige arrogância
( a descrença e quase um saber)
é tão difícil plantar
a semente da dúvida
no solo infértil da ignorância
- falta-lhe a imaginação
sobram-lhe dogmas
- muletas argumentativas -
diferentemente
o solo sábio
é fértil
a semente da dúvida logo germina
e cria novos mundos
-x-
o mar
é distante
do mar
quando estou triste
o teu olhar
sumiu
nas areias do tempo
o meu lar
não é meu lar
minha rua
não é minha rua
eu sozinho
eu abandonado
eu sem-teto
sob a umidade
branca da Lua
a frieza da calçada
aquece meu coração
teu corpo é meu lar
só me sinto em casa
quando estou dentro dele
e todos tão surdos
que adianta dizer
se ninguém ouve?
que adianta escrever
se todos são tão cegos?
(e eu fui tão cego
em não te escrever
e tu fostes cega
em não me ler
fomos ambos cegos e surdos
neste mútuo esquecer)
estão todos ocupados demais
com seus próprios pensamentos
para se preocupar
com o que os outros se preocupam
até eu, até eu, que sou ateu
(que me perdoe Deus por ser assim)
devo a todos confessar
( o que me faz o único humano errado no mundo
confessar é ser criminoso
e só os que pecam escondidos são puros
neste mundo de confessas aparências)
egoístas, é isso que somos!
não adianta chamar
trimmmmmmmmmmmmm
pois só dá tú tú tú tú tú
todos só querem ler
o que eles próprios escrevem
ou então ler alguém muito famoso
(mesmo que só seja besteira)
não porque se interessem
mas para não ficarem por fora
que esperança pode ter
um desconhecido escritor?
uma linha não tem o devido valor
um livro custa tanto a escrever
(ele é feito apenas de linhas, vírgulas e pontos
nem sempre de idéias)
e não sei se vale o esforço
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
eu não sou você
nós não somos vós
vós não sois alguém
ninguém é de ninguém
alguém não é ninguém
nós nem somos nossos avós
os netos que temos nós não somos
mas somos todos tão parecidos
bem mais parecidos do que supomos
x-x-x-x-x-x-x-x-x-
o retrato
que repousa na parede
sobre a rede
em que repouso
me faz esquecer
ao invés de lembrar
tenho a memória invertida
só lembro do futuro
o passado aprendi a esquecer
-x-
amanhã
será o mesmo dia
tudo é sempre igual
sob Sol e sob chuva
só eu mesmo
é que posso mudar
está em minhas mãos
impedir que o passado se repita
mas, não
eu só sei ficar reclamando das coisas
e dos outros
devia reclamar de mim
Abro a janela
e grito
não deveria gritar
o mundo é reconstruído com silêncio
as cores berram
o retrato em preto branco exprime
só o que deve ser expresso
-x-
Nem sempre soube o que sei
mas ainda sei tão pouco
por outro lado, todo mundo sabe tudo
(ou pensa saber)
a arrogância
é parente
da ignorância
talvez seu disfarce
o saber exige tempo e esforço
a ignorância exige arrogância
( a descrença e quase um saber)
é tão difícil plantar
a semente da dúvida
no solo infértil da ignorância
- falta-lhe a imaginação
sobram-lhe dogmas
- muletas argumentativas -
diferentemente
o solo sábio
é fértil
a semente da dúvida logo germina
e cria novos mundos
-x-
o mar
é distante
do mar
quando estou triste
o teu olhar
sumiu
nas areias do tempo
o meu lar
não é meu lar
minha rua
não é minha rua
eu sozinho
eu abandonado
eu sem-teto
sob a umidade
branca da Lua
a frieza da calçada
aquece meu coração
teu corpo é meu lar
só me sinto em casa
quando estou dentro dele
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